Autor: Dr. Mario Augusto Delgado
Andropausa é a condição que está associada à diminuição do hormônio masculino chamado testosterona. Este, é o hormônio responsável pela voz, massa muscular e pêlos faciais e corporais encontrados nos homens. Também é o responsável pela libido e por ter e manter a ereção.
Com o passar dos anos, é comum que o nível de testosterona no corpo diminua gradualmente, o que pode afetar o bem-estar de algumas pessoas.
O que é a andropausa?
A andropausa se refere ao período em que há um decréscimo natural e progressivo dos níveis da testosterona nos homens, em virtude do envelhecimento. Esta queda pode vir acompanhada de sintomas físicos e emocionais que podem comprometer a saúde masculina e o bem-estar. Diferente da mulher, não há redução ou perda da capacidade reprodutiva.
Andropausa: com qual idade começam os sinais?
Após os 40 anos de idade ocorre uma redução progressiva na produção da testosterona, sendo que depois dos 60 anos, o quadro clínico pode ficar mais evidente.
Quais os sintomas da andropausa?
Sintomas da andropausa clássicos:
-
Redução do volume testicular;
-
Redução de pelos do corpo;
-
Ginecomastia;
-
Disfunção sexual;
-
Perda de vigor;
-
Redução de massa muscular e força;
-
Redução de densidade mineral óssea;
-
Obesidade;
-
Síndrome metabólica;
-
Resistência insulínica e DM2;
-
Anemia.
Sinais e sintomas sexuais:
-
Redução de desejo e atividade sexual (libido);
-
Disfunção erétil;
-
Diminuição de ereções matinais.
Sintomas cognitivos psicológicos:
-
Hot flushes;
-
Alterações de humor;
-
Alterações do sono;
-
Depressão;
-
Função cognitiva diminuída.
Homem na andropausa pode ter filhos?
Sim, a andropausa não impede o homem de ter filhos e sua capacidade reprodutiva não é afetada pela redução da testosterona
Qual o tratamento para a andropausa?
Mudanças no estilo de vida podem melhorar de forma natural os níveis de testosterona. A prática de exercício físico, sono de boa qualidade, manter um peso adequado e reduzir o estresse podem ser o suficiente para grande parte dos pacientes.
Quando mudanças de estilo de vida não produzem uma resposta adequada no reestabelecimento da produção de testosterona, o tratamento é feito com a reposição da testosterona. Está reposição pode ser feita através de injeções, géis ou comprimidos, de acordo com a necessidade e preferência de cada paciente. É importante reforçar que a reposição de testosterona só pode ser feita para homens com sinais e sintomas de sua deficiência, após a confirmação dos níveis baixos deste hormônio e que não apresentem contraindicação para seu uso.
A dose e via de reposição é individualizada, portanto, é essencial que a medicação seja prescrita por profissional habilitado após avaliação clínica e laboratorial detalhadas.
Reposição hormonal
O objetivo do tratamento é trazer os níveis de testosterona para a faixa da normalidade com a melhora dos sintomas.
Mais uma vez, é essencial manter o controle regular com seu médico para saber se existe alguma contraindicação para seu uso.
As principais contraindicações para a reposição com a testosterona são:
-
antecedente familiar importante de câncer de próstata;
-
paciente é portador de câncer de próstata ou de câncer de mama
-
problemas cardiológicos ou tendência a trombose, pois a reposição hormonal pode causar um aumento dos glóbulos vermelhos, levando a uma sobrecarga cardíaca e risco aumentado de trombose em alguns.