Autora: Dra. Karina Sacardo
Revisora: Dra. Jerusa Miqueloto
Os principais tipos de câncer de pele no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de dermatologia, são os chamados tumores não melanomas, divididos em dois principais tipos: carcinomas basocelulares e carcinomas espinocelulares, que juntos são responsáveis por 177 mil novos casos de câncer de pele por ano, eles tendem a ser tumores menos agressivos e de melhor prognóstico.
Já o melanoma, é um tipo de câncer de pele mais raro, causando cerca de 8,4 mil casos todos os anos, é uma doença mais grave devido seu maior risco de causar metástases (disseminação do câncer de pele para outros órgãos).
Carcinoma e melanoma: o que são?
Carcinoma e melanoma são os dois tipos mais comuns de câncer de pele. Os carcinomas são divididos em dois: carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. Já o melanoma é um outro tipo de câncer de pele mais agressivo, porém, menos frequente.
Quais as causas do melanoma?
Como os outros cânceres de pele, o melanoma também é causado pelo excesso de exposição solar sem proteção. Também existem casos associados a predisposição genética e hereditariedade, podendo fazer com que os tumores surjam em idades mais precoces e em locais do corpo menos comuns.
O melanoma é mais frequente em adultos brancos e podem aparecer em qualquer parte do corpo na forma de manchas ou pintas, já em indivíduos de pele negra, tendem a aparecer em áreas mais claras como palmas das mãos e plantas dos pés.
Quais os sintomas do melanoma?
Na maioria das vezes, o melanoma se apresenta com pintas ou lesões escurecidas, inicialmente sem nenhum outro sintoma associado.
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Devemos ter atenção as pintas com as seguintes características:
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Assimétricas e com contorno irregular;
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Muito escuras ou com várias cores na mesma pinta;
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Maiores que meio centímetro;
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Tenham surgido e crescido rapidamente ou que já existiam, mas mudaram de característica;
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Estejam apresentando coceira e sangramento.
Qual a diferença entre carcinoma e melanoma?
Os carcinomas são tumores que se originam de células da pele, enquanto o melanoma é um tumor que tem origem a partir dos melanócitos (células produtoras de melanina), que são substâncias responsáveis pela pigmentação da pele.
Os melanócitos estão em maior número na pele, mas também estão presentes em mucosas, olhos e unhas.
O que é mais grave: carcinoma ou melanoma?
De maneira geral, o melanoma é um tumor mais agressivo por apresentar maior risco de se disseminar da pele para outros órgãos, mesmo com lesões pequenas, quando comparados aos carcinomas de pele. Entretanto, os carcinomas, se não diagnosticados precocemente e não tratados, podem deixar mutilações expressivas.
Quais as causas do carcinoma?
Os carcinomas de pele estão relacionados a exposição solar sem proteção, com maiores chances de surgir com o envelhecimento. Costumam aparecer em áreas de maior exposição ao sol como: rosto, pescoço, costas e braços.
Quais os sintomas do carcinoma?
Os carcinomas de pele podem surgir como lesões com diversas características, como: verrugas, nódulos avermelhados ou arroxeados, feridas que não cicatrizam, manchas que coçam, descamam, ardem ou sangram.
Carcinoma e melanoma: qual seu tratamento?
No geral, tanto o carcinoma quanto o melanoma, quando diagnosticados precocemente, são tratados com cirurgia.
Nos casos em que a cirurgia não é possível, ou quando mesmo após a cirurgia existe tumor residual, poderá ser utilizada a radioterapia para complementação do tratamento.
Tratamento para o carcinoma:
Para os casos mais avançados de carcinoma, onde a doença está disseminada, existem possibilidades de tratamento com quimioterapia e imunoterapia.
Tratamento para o melanoma:
Quando se trata do melanoma, mesmo tumores que tenham sido completamente ressecados na cirurgia, será feita uma estratificação de risco de recidiva, levando em conta estadiamento e características do tumor. Dependendo dos resultados o médico poderá indicar um tratamento adjuvante (complementar) com imunoterapia ou quimioterapia.
No melanoma avançado, o médico poderá indicar tratamento com imunoterapia, quimioterapia e/ou medicações alvo de acordo com o perfil molecular da doença, esse é determinado através da análise de laboratórios especializados.