Cistite: o que é, causas e diagnóstico

cistite

 

Autor: Dr. Fabio Vicentini - médico urologista

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A cistite é uma infecção do trato urinário que afeta a bexiga. Provoca sintomas como dor ao urinar, aumento da vontade de fazer xixi e pode causar desconfortos.

A condição, que é mais frequente em mulheres, ocorre quando bactérias invadem a bexiga e se multiplicam.

A seguir, saiba mais sobre as causas da cistite, como é feito o diagnóstico e o tratamento.  

Cistite: o que é?

A cistite pode ser definida como uma inflamação da bexiga, órgão que faz parte do sistema urinário.

Essa inflamação pode ser provocada por diversos fatores, sendo a infecção bacteriana a causa mais comum.

A condição é mais frequente em mulheres, mas pode também afetar os homens. Quando uma pessoa tem cistite, significa que a mucosa da bexiga está inflamada, o que resulta em vários sintomas desconfortáveis. 

Diferença entre cistite e pielonefrite

Tanto a cistite quanto a pielonefrite são infecções do trato urinário, mas elas afetam partes diferentes do organismo. Além disso, os sintomas e gravidade podem variar. Principais diferenças entre as condições:  

  • A cistite afeta a bexiga, enquanto a pielonefrite atinge os rins;  
  • A cistite é considerada uma infecção do trato urinário inferior e geralmente não é tão grave quanto a pielonefrite, que pode ser fatal sem tratamento adequado;  
  • Os sintomas são semelhantes: geralmente, provocam micção frequente (ou sensação de urgência), queimação ao urinar, dor na parte inferior do abdômen e, algumas vezes, urina escura ou com sangue. A pielonefrite pode causar confusão mental e mal-estar generalizado.  
  • O tratamento da pielonefrite pode ser mais intenso e exigir hospitalização, principalmente em casos graves. Já a cistite, geralmente envolve o uso de antibióticos e não leva a casos mais graves.  

Vale destacar que uma cistite que não recebe o tratamento adequado pode evoluir para uma pielonefrite.

Causas da cistite

A causa mais comum da cistite é a infecção bacteriana. As bactérias, como a E. coli, podem migrar para a uretra e, depois, para a bexiga, causando uma infecção. Isso ocorre devido à falta de higiene, relações sexuais sem proteção, uso de cateteres urinário, entre outras situações.

Quem tem diabetes descompensado, ou seja, níveis elevados de açúcar no sangue mal controlados, têm maior risco de infecções do trato urinário, incluindo cistite. Portanto, nesses casos, é preciso ficar mais atento, pois essas pessoas estão mais suscetíveis a infecções.

Além disso, algumas condições de saúde, como vaginose bacteriana (infecção vaginal), quando não tratada pode aumentar o risco de infecções do trato urinário, como a cistite. Isso porque há chances de as bactérias migrarem da vagina para a uretra.

Sintomas de cistite

Os principais sintomas da cistite são:  

  • Vontade de urinar constantemente;  
  • Dores locais;  
  • Sensação de que a bexiga não esvazia por completo;  
  • Ardência ao urinar;  
  • Urina com sangue; 
  • Urina com odor desagradável;  
  • Em alguns casos, provoca mal-estar geral, fadiga e febre baixa.

Como é feito o diagnóstico?

Geralmente, o diagnóstico de cistite é realizado no consultório médico após avaliação dos sintomas, histórico e exame físico.

O médico pode solicitar um exame de urina, onde é possível visualizar sinais inflamatórios, além da urocultura, que identifica se há alguma bactéria e determina qual antibiótico é mais recomendado.

Algumas vezes, podem ser solicitados exames de imagem para descartar outras condições de saúde, como cálculos renais ou lesões na bexiga.

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Tratamentos para a cistite

As cistites são tratadas com antibióticos para combater a bactéria que causa a infecção e anti-inflamatórios para aliviar a dor e o desconforto ao urinar, além de reduzir a inflamação.

Além disso, recomenda-se beber bastante água para ajudar na recuperação.  

Como prevenir a cistite?

A prevenção da cistite pode ser realizada ao adotar medidas que reduzam o risco de desenvolver infecções na bexiga. Entre as estratégias de prevenção estão:

  • Manter a higiene pessoal adequada;  
  • Beber bastante água; 
  • Urinar regularmente e esvaziar completamente a bexiga;  
  • Evitar o uso de produtos irritantes, como sabonetes perfumados, sprays e cremes; 
  • Usar roupas de algodão, sempre que possível.
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