As verrugas genitais provocadas pelo HPV são chamadas de doença crista de galo e podem surgir tanto em homens quanto em mulheres. Continue a leitura para saber quais são os sintomas, como são feitos o diagnóstico e o tratamento da condição.
Doença crista de galo: o que é?
Doença crista de galo é um termo popular usado no Brasil para descrever as verrugas genitais causadas pelo HPV (papilomavírus humano).
Surgem pequenas protuberâncias ou lesões na área genital, que podem se agrupar e formar estruturas semelhantes a cristas ou espinhos.
Quais são as causas para a doença crista de galo?
A doença crista de galo é uma condição causada pela infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV). O principal meio de transmissão do HPV é por contato sexual direto, que pode ser vaginal, anal ou oral.
Também pode ocorrer por meio do contato com a pele ou mucosas infectadas. Além disso, o HPV pode ser transmitido da mãe para o bebê durante o parto vaginal, embora seja menos comum.
Outros fatores que aumentam o risco incluem um sistema imunológico enfraquecido e a presença de outras infecções sexualmente transmissíveis.
Diagnóstico
O diagnóstico das verrugas genitais, popularmente conhecidas como "crista de galo", geralmente começa com um exame físico realizado por um ginecologista ou urologista, que observa diretamente as lesões.
Além disso, podem ser solicitados outros exames para uma avaliação mais detalhada. Veja abaixo os principais:
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Papanicolau: exame que coleta células do colo do útero para identificar possíveis lesões pré-cancerígenas causadas pelo HPV.
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Colposcopia: visualiza o colo do útero, da vagina e da vulva, permitindo a detecção de lesões benignas, inflamações ou lesões pré-cancerígenas e câncer.
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Peniscopia: realizado com lentes de aumento, este exame urológico é utilizado para examinar a área genital masculina.
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Testes de biologia molecular: métodos como hibridização molecular e PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) detectam a presença do DNA do HPV e identificam os tipos específicos do vírus.
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Biópsia: envolve a coleta de um fragmento da lesão para análise laboratorial, permitindo a confirmação do diagnóstico e a avaliação da natureza das lesões.
Formas de tratamento para a crista de galo
Existem diversos tratamentos para a crista de galo e a escolha da abordagem dependerá do tipo e número das verrugas, sua localização, a saúde geral do paciente e a presença de outras condições.
As principais opções incluem:
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Crioterapia: envolve o congelamento das verrugas com nitrogênio líquido. É um procedimento rápido e relativamente indolor, eficaz para verrugas menores e isoladas.
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Cauterização: consiste em queimar as verrugas utilizando um eletrocautério ou laser. É especialmente indicada para verrugas maiores, mais espessas ou agrupadas.
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Aplicação de ácido: utiliza-se um ácido tópico para destruir verrugas pequenas e planas. A aplicação é direta sobre as verrugas e pode causar irritação local.
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Laser CO2: um laser vaporiza com precisão o tecido afetado pelas verrugas. A principal vantagem é que o laser focaliza a verruga, preservando a pele ao redor e minimizando o sangramento devido à coagulação do sangue. O procedimento é rápido e geralmente causa menos trauma à área tratada.
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Cirurgia: para casos mais graves ou que não respondem a outros tratamentos, a remoção cirúrgica das verrugas pode ser necessária.
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Imunoterapia: estimula o sistema imunológico para combater o vírus e remover as verrugas. É uma opção para pacientes com um sistema imunológico comprometido ou que não respondem bem a outros tratamentos. Pode ser administrada na forma de injeções, cremes ou implantes.
Como prevenir
Para prevenir a doença do "crista de galo", a principal estratégia é a vacinação, sendo a cobertura mais ampla oferecida pela vacina HPV novalente. Este imunizante protege contra os tipos de HPV responsáveis por verrugas genitais e cânceres associados ao vírus.
Além da vacinação, o uso de preservativos durante relações sexuais reduz o risco de transmissão do HPV.
Manter um sistema imunológico saudável e evitar o contato com lesões visíveis de HPV são medidas que também contribuem com a prevenção da doença.
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Autor: Dr. Bruno Franco - ginecologista