Autor: Dr. Cristovam Scapulatempo - Diretor médico de Patologia e genética na Dasa
O exame histopatológico fornece informações valiosas sobre as condições dos tecidos do corpo humano. Por meio da análise microscópica de amostras de um tecido, os médicos podem diagnosticar uma variedade de doenças, desde infecções e doenças inflamatórias até câncer.
Histopatológico: o que é e para que serve?
O exame histopatológico, também conhecido como biópsia, é a análise microscópica de um tecido retirado do corpo de uma pessoa. Através de técnicas complexas de coloração e análise, um patologista examina minuciosamente as células e estruturas do tecido, buscando por alterações que indiquem doenças, infecções, tumores ou outras condições.
Por meio do diagnóstico histopatológico, ainda é possível determinar a natureza de um tumor (benigno ou maligno), sua agressividade, extensão e ainda oferecer informações adicionais para orientação terapêutica.
Quando o exame histopatológico é indicado?
O exame histopatológico é indicado sempre que houver suspeita de doenças ou alterações nos tecidos. No caso específico de eventuais tumores, ele é fundamental para a identificação de subtipos histológicos e de marcadores que orientam a escolha do tratamento mais adequado para cada caso.
Além disso, qualquer tecido retirado do corpo deve passar por essa avaliação, garantindo uma análise minuciosa e confiável das condições do paciente.
O exame histopatológico auxilia no diagnóstico de quais doenças?
Entre as doenças que o exame histopatológico pode auxiliar estão:
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Tumor e câncer: o exame ajuda a identificar células cancerígenas e determinar o tipo e o estágio do câncer. O exame histopatológico permite ao patologista examinar, por exemplo, as características microscópicas do neurofibroma, como a composição celular, a organização dos tecidos e a presença de alterações específicas associadas à neurofibromatose.
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Doenças autoimunes: permite observar alterações nos tecidos causadas pelo sistema imunológico, atacando o próprio corpo.
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Infecções: detecta agentes infecciosos, como bactérias, vírus, fungos ou parasitas, e suas consequências nos tecidos. Isso é importante para determinar o curso do tratamento. O exame histopatológico, por exemplo, desempenha um papel importante na detecção e diagnóstico de lesões associadas ao HPV (Papilomavírus Humano).
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Doenças inflamatórias: permite visualizar as alterações nos tecidos associadas a processos inflamatórios, como colite ulcerativa. Nesse sentido, com uma colonoscopia é possível a visualização direta das alterações no cólon e a coleta de amostras de tecido para análise histopatológica, auxiliando assim no manejo eficaz desta doença.
Vale lembrar que a combinação das informações obtidas pelo exame histopatológico e de exames de sangue permite aos médicos um diagnóstico mais preciso e completo de diversas doenças, entre elas as inflamatórias e as infecciosas, além dos tumores.
Como é o preparo para o histopatológico?
O preparo para o exame histopatológico varia conforme a área a ser biopsiada ou o órgão a ser retirado, e essa orientação é sempre realizada pelo médico responsável. Após a retirada do tecido, é importante imergi-lo em formol tamponado (10%).
Idealmente, o tecido deve permanecer nessa solução por até 72 horas antes de passar pelo processamento histológico. Esse processo garante a preservação adequada do tecido e permite uma análise precisa pelos patologistas.
Como é feito o exame?
O exame é feito da seguinte forma:
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Coleta da amostra: é coletado um pedacinho do tecido que está suspeito. Isso pode ser feito de diferentes formas, como uma pequena cirurgia ou uma raspagem.
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Preparação do tecido: esse pedacinho de tecido é então colocado em uma substância chamada formol, que ajuda a preservá-lo.
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Corte em fatias finas: o tecido é cortado em fatias muito finas, quase como papel, para poder ser visto melhor no microscópio.
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Pintura das fatias: essas fatias são então pintadas com algumas substâncias especiais que ajudam a mostrar diferentes partes do tecido.
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Análise pelo médico: um médico patologista olha essas fatias no microscópio e procura por qualquer coisa estranha ou anormal. É como olhar para uma foto muito de perto.
Contudo, quando necessário, o patologista pede outros testes que podem ser feitos no tecido, como imunoistoquímica ou testes moleculares, para fornecer todas as informações importantes para o tratamento adequado do paciente.
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