Autor: Matheus Cabral Lelis Beleza - médico obstetra
Durante a gestação, alguns testes e exames são fundamentais para analisar como está a saúde do bebê e possíveis problemas que podem aparecer. O NIPT (sigla em inglês para teste pré-natal não invasivo) é um exame simples que avalia o risco de doenças cromossômicas.
Ele é realizado por meio de uma coleta de sangue da gestante. O NIPT é recomendado para mulheres grávidas acima dos 35 anos que apresentam risco moderado de cromossomopatias e deve ser feito após as 9 semanas de gestação.
Continue a leitura e saiba detalhes de como funciona o teste NIPT e quais condições ele pode detectar.
O que é o teste NIPT?
O NIPT é um teste pré-natal que usa uma amostra de sangue da gestante para avaliar o DNA do feto e possíveis doenças cromossômicas. O objetivo é rastrear as possíveis alterações cromossômicas da criança.
Trata-se de um exame genético que calcula a probabilidade de o bebê nascer com síndrome de Down, síndrome de Edwards, síndrome de Patau e as alterações dos cromossomos sexuais: síndrome de Turner e síndrome de Klinefelter.
Vale destacar que o NIPT não oferece um diagnóstico definitivo da condição, porém direciona para outros exames importantes nesta fase.
O que é fração fetal?
Durante a gestação, uma fração de DNA do bebê passa da placenta para a corrente sanguínea da mãe. Esta fração de DNA, chamada Fração Fetal, carrega as informações genéticas do feto.
Desta forma, com uma simples amostra de sangue materno, é possível realizar o estudo do DNA do bebê.
Como funciona o exame NIPT?
O exame é feito por meio de uma coleta do sangue venoso. O DNA é coletado e isolado do sangue materno e amplificado utilizando-se da técnica de PCR, ou seja, uma tecnologia que consiste na amplificação de uma região específica de DNA.
O que o NIPT pode detectar?
Entre as condições que NIPT pode detectar, estão:
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Síndrome da deleção 22q11.2 (DiGeorge)
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Síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21);
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Síndrome de Edwards (trissomia do cromossomo 18);
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Síndrome de Patau (trissomia do cromossomo 13);
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Síndrome de Turner (monossomia do cromossomo X);
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Síndrome de Klinefelter (aneuploidia do cromossomo sexual X);
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Síndrome do Triplo X (trissomia do cromossomo sexual X);
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Síndrome de Jacob (aneuploidia do cromossomo sexual Y).
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Síndrome de Cri-du-chat.
Em qual etapa da gestação é recomendado?
O exame de NIPT é recomendado para mulheres grávidas acima dos 35 anos.
A análise deve ser coletada após 9 semanas de gestação, pois antes disso a fração fetal é baixa. Nesses casos, poderá ser necessário repetir o exame.
Qual a importância dos exames de acompanhamento durante a gestação?
Os exames de acompanhamento durante a gestação (ou exames pré-natal) são fundamentais para garantir a saúde da mãe e do bebê.
Por meio deles, é possível detectar de forma precoce possíveis complicações e monitorar o desenvolvimento fetal.
De forma geral, esses exames são essenciais para assegurar uma gravidez saudável e minimizar riscos tanto para a mãe quanto para o feto.
Exames como ultrassonografias e hemogramas ajudam a identificar possíveis complicações, como diabetes gestacional, hipertensão, infecções e problemas no desenvolvimento fetal.
Além disso, por meio de exames como ultrassonografias, é possível acompanhar o crescimento e o desenvolvimento do feto.
Ao detectar precocemente problemas, como pré-eclâmpsia, restrição de crescimento fetal ou malformações, os médicos conseguem tomar medidas para diminuir os riscos.
Vale destacar que cada gestação é única e os exames de acompanhamento devem ser conduzidos por obstetras qualificados.
Realizar os exames durante o pré-natal é a melhor estratégia para garantir uma gravidez saudável e um parto seguro.