Autor: Dr. Matheus Cabral Lelis, ginecologista e obstetra, com especialização em medicina fetal e gestação de alto risco
A partir do momento que a mulher descobre a gestação, ela deve ser acompanhada por um médico obstetra. Esse acompanhamento é conhecido como pré-natal.
Durante a gravidez, são realizados diferentes exames a fim de evitar complicações que podem comprometer a saúde e o bem-estar da mãe e do bebê.
De forma geral, o pré-natal é dividido em três fases, de acordo com os trimestres da gestação. Em cada etapa, são recomendados exames específicos para detectar possíveis doenças ou complicações.
Vale lembrar que o atendimento realizado durante o pré-natal é individualizado, de acordo com a condição clínica da gestante.
A seguir, veja detalhes de como funciona o pré-natal e os principais exames solicitados.
O que é pré-natal?
O pré-natal é um acompanhamento médico realizado durante toda a gestação, visando proporcionar assistência tanto para a futura mãe quanto para o bebê.
Nesta fase, a gestante realiza exames para acompanhar o desenvolvimento da criança e saber como está a sua saúde de forma geral.
Esse cuidado contribui com a detecção precoce de doenças maternas e fetais, além de reduzir os riscos durante e após o parto.
Quando começar o pré-natal?
A mulher deve começar o pré-natal assim que descobrir a gestação. Por isso, é muito importante se atentar para os sintomas de gravidez, como atrasos menstruais e enjoos.
Quais exames são feitos durante o pré-natal?
Durante o pré-natal, a gestante realiza diversos exames para acompanhar o desenvolvimento do bebê.
Lembrando que os exames de pré-natal podem ser realizados em clínicas, laboratórios e hospitais. Além disso, alguns exames podem ser feitos em casa, por meio da coleta domiciliar.
A seguir, veja os principais exames realizados durante o pré-natal.
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Exames de sangue: o hemograma visa diagnosticar anemia e acompanhar quadros infecciosos. A glicemia de jejum controla o açúcar no sangue e avalia o risco de diabetes gestacional. Além disso, outros exames verificam se a gestante possui algumas doenças, como HIV, rubéola, hepatite B, toxoplasmose e sífilis.
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Exames de ultrassonografia: há diversos tipos de ultrassons que a gestante deve realizar na gravidez. O ultrassom obstétrico transvaginal, por exemplo, deve ser feito nas primeiras semanas para checar os batimentos cardíacos do feto e estimar a idade gestacional.
Já a partir da 11ª até a 13ª semana, é preciso realizar o ultrassom morfológico com translucência nucal, que pode identificar alterações e condições sindrômicas, como a Síndrome de Down.
O ultrassom morfológico é realizado para detalhar o tamanho e os órgãos do bebê. Deve ser feito no primeiro trimestre e após a 20ª semana de gravidez.
Por fim, a ultrassonografia com doppler deve ser realizada a partir da 32ª semana. O objetivo é detalhar a circulação sanguínea, a oxigenação e os batimentos cardíacos.
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Sexagem fetal: o exame consegue identificar, antes do ultrassom, qual será o sexo do bebê por meio de uma coleta de sangue. Busca-se uma fração do DNA fetal e verifica-se a presença ou ausência do cromossomo Y.
Quando ele é encontrado na amostra de sangue significa que o bebê é do sexo masculino. Na sua ausência, trata-se de uma menina. Geralmente, o ideal é realizar o exame de sexagem fetal após a 8ª semana.
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Nipt: trata-se de um teste pré-natal não invasivo, ou seja, um exame simples que avalia o risco de doenças cromossômicas, como a Síndrome de Down.
Recomenda-se que a coleta seja feita a partir da 9ª semana de gestação e em gestantes com mais de 35 anos.
Qual é a importância do pré-natal para a gestante e para o bebê?
O pré-natal é fundamental tanto para a saúde da gestante quanto para a do feto.
Durante o acompanhamento médico, são realizados exames que apontam como está o desenvolvimento do bebê e se a gestante tem algum problema de saúde. Além disso, eles reduzem o risco de complicações no parto.
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Onde fazer os exames?
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