Tipos de pneumonia: entenda quais são e como se proteger

pneumonia

A pneumonia é uma infecção pulmonar considerada uma das principais causas respiratórias de internação e morte no mundo todo. No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que, a cada ano, o SUS (Sistema Único de Saúde) registra mais de 600 mil internações pela doença -- que pode ter inúmeros agentes causadores, como vírus, bactérias e fungos, entre outros.

Embora seja uma doença relativamente comum e conhecida, é importante saber mais detalhes sobre ela, os tipos que ocorrem com mais frequências e as formas de tratamento. Veja essas e outras informações no texto a seguir.

O que é a pneumonia?

A pneumonia pode ser definida como uma doença inflamatória aguda que acomete os pulmões e pode ser provocada por agentes patogênicos como vírus, bactérias, fungos e até pela inalação de substâncias tóxicas.

Esses agentes afetam os alvéolos pulmonares, estruturas responsáveis pelas trocas gasosas no nosso organismo. Quando o pulmão é invadido por esses patógenos, o sistema imunológico entra em ação para combatê-los, o que pode provocar um acúmulo de líquidos na região, causando tosse e dificuldade para respirar.

Na maioria dos casos, o paciente se recupera bem após tratamento. No entanto, a doença tem potencial para se agravar e é especialmente perigosa em idosos, crianças pequenas e pessoas com o sistema imunológico comprometido.

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Tipos de pneumonia

Existem vários agentes que podem causar pneumonia; dessa forma, a doença pode ser classificada em tipos diferentes de acordo com o patógeno responsável pela condição. Os principais fatores que determinam a classificação da pneumonia incluem a forma como a infecção foi contraída (comunitária, nosocomial ou aspirativa) e o tipo de microrganismo responsável pela doença (bactéria, vírus etc.).

Tipos de pneumonia mais recorrentes

A pneumonia bacteriana é, sem dúvida, a forma mais comum e grave da doença. Ela ocorre quando bactérias como o Streptococcus pneumoniae ou Haemophilus influenzae invadem os pulmões e passam a colonizar o local.

A infecção pode ser adquirida fora do hospital, no caso da pneumonia adquirida na comunidade; ou em ambientes hospitalares, conhecida como pneumonia nosocomial.

Já a pneumonia viral é causada por vírus como o da gripe (Infuenza), o novo coronavírus (que causa a covid-19) e o vírus sincicial respiratório (VSR), mais conhecido por provocar quadros de bronquiolite em bebês e crianças pequenas, mas que também podem afetar gravemente idosos e pessoas com doenças que causam comprometimento do sistema imunológico.

Embora seja mais branda em muitos casos, a pneumonia viral também pode ser grave, especialmente em grupos de risco (que são aqueles com doenças pré-existentes, idosos e crianças pequenas.

Tipos menos recorrentes

As formas menos recorrentes de pneumonia incluem a fúngica, provocada por fungos como o Histoplasma capsulatum e Coccidioides, que afetam principalmente indivíduos com o sistema imunológico enfraquecido (como pacientes com HIV ou em tratamento contra o câncer, por exemplo).

Há também as pneumonias causadas por bactérias atípicas ou menos comuns, como a provocada pela Mycoplasma pneumoniae. Nesses casos, a doença se manifesta de forma mais suave e até silenciosa, dificultando o diagnóstico e o início do tratamento. Em 2024, médicos de todo o país relataram um aumento de casos desse tipo especialmente em crianças, causando preocupação entre os pais.

Por fim, outra forma menos comum de pneumonia é a por aspiração (pneumonia aspirativa). Este tipo ocorre quando alimentos, líquidos ou vômitos são aspirados para os pulmões (geralmente em pacientes com dificuldades para engolir, como pacientes idosos ou com doenças neurológicas), provocando inflamação e infecção no tecido.

Sintomas de pneumonia

Os sintomas mais comuns de pneumonia incluem:  

  • Febre alta; 

  • Tosse persistente (que pode ser com ou sem secreção); 

  • Dor no peito ao respirar profundamente; 

  • Dificuldade para respirar ou respiração acelerada; 

  • Cansaço extremo; 

  • Calafrios; 

  • Dor de cabeça; 

  • Alterações da pressão arterial; 

  • Confusão mental; 

  • Mal-estar generalizado. 

Quando procurar por um médico?

A pneumonia é uma doença que tem cura, mas também possui potencial para evoluir para complicações graves e até morte se não for tratada adequadamente – especialmente em bebês, crianças pequenas e idosos. Por isso, ao primeiro sinal de sintomas como falta de ar, prostração, febre alta e tosse, é importante buscar um médico para avaliar o quadro e encaminhar para o tratamento adequado.

Formas de prevenir a pneumonia bacteriana

A principal forma de prevenir a pneumonia bacteriana é por meio da vacinação. Atualmente, o Brasil tem disponível as vacinas pneumocócicas conjugadas (VPC-10, VPC-13, VPC-15 e VPC-20), que protegem contra as pneumonias provocadas por diferentes subtipos da bactéria Streptococcus pneumoniae.

Além da vacinação, outras formas de prevenir a doença causada por bactérias incluem usar máscaras, lavar as mãos, não fumar (para não fragilizar os pulmões), não ingerir bebidas alcoólicas e evitar aglomerações. Uma rotina estruturada de exercício também pode contribuir para o fortalecimento do sistema imunológico.

Formas de prevenir a pneumonia viral

Assim como na pneumonia bacteriana, a prevenção da pneumonia viral inclui principalmente a vacinação contra vírus que sabidamente provocam a doença, como o influenza (vírus da gripe), o novo coronavírus (Sars-CoV-2) e o VSR. As outras medidas citadas acima para pneumonias bacterianas também são válidas.

Tratamentos para os tipos de pneumonia

O tratamento da pneumonia varia conforme a causa da infecção. Para a pneumonia bacteriana, o uso de antibióticos é a principal forma de combate; no caso da pneumonia fúngica, o médico pode administrar medicamentos antifúngicos.

Já a pneumonia viral pode ser tratada com medicamento antiviral (se for provocada pelo vírus influenza); e medicamentos para aliviar os sintomas e dar suporte para o próprio organismo reagir.

Em alguns casos mais graves, no entanto, pode haver a necessidade de internação hospitalar e administração de oxigênio (via máscara ou intubação) para ajudar o paciente a respirar.

 

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Fonte: Dr. Elie Fiss - Pneumologista

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