Colangite: tipos, diagnóstico e tratamento

colangite

 

Autor: Dra. Natalia Trevizoli - hepatologista

 

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A colangite é a inflamação dos ductos biliares, canais responsáveis por transportar a bile do fígado para a vesícula biliar e para o intestino delgado, ajudando na digestão ao dissolver as gorduras.  

As causas variam, mas envolve geralmente a obstrução dos ductos biliares, frequentemente causada por cálculos biliares ou outras lesões, como tumores.

Continue a leitura para saber detalhes sobre sintomas, diagnóstico e tratamento da colangite.

Colangite: o que é?

A colangite é uma condição médica caracterizada pela inflamação dos ductos biliares, os canais que transportam a bile do fígado para a vesícula biliar e, logo depois, para o intestino delgado para auxiliar na digestão de gorduras. 

Geralmente, está associada à proliferação bacteriana no trato biliar e à elevação da pressão dos ductos biliares, o que permite a movimentação das bactérias.

Essa inflamação dos ductos biliares pode ser causada por diversas razões, o que leva a sintomas graves e complicações, se não for tratada adequadamente.

Casos de colangite aguda, geralmente, estão associados à proliferação bacteriana no trato biliar e à elevação da pressão dos ductos biliares, em geral decorrente de obstrução.

Tipos de colangite

Os principais tipos de colangite são:

  • Colangite aguda: ocorre de forma súbita após uma obstrução dos ductos biliares devido a cálculos biliares, tumores ou infecções bacterianas. A obstrução impede que a bile flua normalmente, o que pode levar à inflamação.
  • Colangite biliar primária, causada por uma reação autoimune que provoca a destruição gradual dos ductos biliares e a diminuição (ou interrupção) do fluxo biliar.
  • Colangite associada à colite ulcerativa: é uma complicação que ocorre em pessoas que apresentam a colite ulcerativa, que é uma doença inflamatória intestinal.

Causas

As causas da colangite variam de acordo com o tipo da doença. Veja abaixo algumas das causas mais comuns associadas à condição:

  • Obstrução dos ductos biliares devido a cálculos biliares, infecções bacterianas;  
  • Doença autoimune, no qual o sistema imunológico ataca os próprios ductos biliares;  
  • Fatores genéticos e ambientais; 
  • Complicação de uma colite ulcerativa;  
  • Tumores biliares;
  • Pancreatite;  
  • Anormalidades congênitas nos ductos biliares.

Sintomas de colangite

Alguns dos sintomas mais comuns da colangite incluem: 

  • Dor abdominal;  
  • Icterícia, ou seja, coloração amarela da pele e dos olhos;  
  • Febre; 
  • Coceira na pele;  
  • Urina escura;  
  • Fezes claras;  
  • Diarreia com muco gorduroso;  
  • Boca e olhos secos; 
  • Mal-estar generalizado;  
  • Perda de peso não intencional.  
     

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da colangite é realizado geralmente pelo hepatologista ou gastroenterologista após uma avaliação clínica que analisa os sintomas, histórico médico e fatores de risco.

Em seguida, o especialista solicita exames e testes que visam avaliar a função do sistema biliar e o que está causando a inflamação dos ductos biliares.

Entre os exames que podem ser solicitados estão:  

  • Exames de sangue para avaliar a função hepática e a presença de marcadores de inflamação; 
  • Exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia computadorizada
  • Biópsia para avaliar a presença de inflamação, fibrose ou outras anormalidades; 
  • Testes para medir anticorpos que identificam a condição autoimune.  
 
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Tratamentos para a colangite  

De forma geral, o tratamento da colangite visa eliminar a obstrução biliar e a infecção para evitar que a doença evolua.

Quando há dor, o especialista pode indicar medicamentos, como analgésicos, ou antibióticos, em casos de infecções.

No caso da colangite autoimune, o tratamento envolve medicamentos para diminuir a resposta autoimune e controlar a inflamação. Isso inclui o uso de corticosteroides, imunossupressores ou outros remédios específicos.

Em casos graves de colangite, principalmente quando a função hepática está comprometida e evolui para doença hepática crônica ou cirrose, um transplante de fígado pode ser necessário.

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