Sintomas de pressão alta: quais são, diagnóstico e tratamento

sintomas de pressão alta

 

Autor: Dr. Otávio Gerbara - médico cardiologista

 

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Os sintomas de pressão alta não costumam ser evidentes, já que a doença é quase sempre assintomática e, por isso mesmo, chamada de “assassino silencioso” pela American Heart Association.  

Trata-se de uma doença crônica que ocorre quando a pressão do sangue contra as paredes das artérias apresenta um nível elevado, considerado anormal. Se não tratado e evitado, pode causar diversas complicações de saúde.   

Para se ter uma ideia, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), existem mais de 1 bilhão de hipertensos no mundo.  
 
Continue a leitura para saber mais sobre o problema e seus tratamentos. 

 

O que é a pressão alta? 

A pressão alta, hipertensão arterial ou hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica caracterizada pela elevação da pressão que impulsiona o sangue dentro de nossos vasos sanguíneos, acima de 130-140 por 85-90 mmHg, dependendo da referência.   

No entanto, a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) já considera uma pressão de 130/80 mmHg (ou 13/8 mmHg) como sendo acima do normal.  

A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e o número obtido representa a força que o sangue tem ao ser bombeado e percorrer as artérias. 

 

Quais são os sintomas de pressão alta? 

Na maioria das vezes, a hipertensão não apresenta sintomas. Quando há algum sintoma, eles costumam ser:  

  • Dor de cabeça e na nuca; 

  • Tontura; 

  • Zumbido no ouvido; 

  • Falta de ar; 

  • Fraqueza; 

  • Cansaço; 

  • Palpitações; 

  • Alterações na visão; 

  • Sangramento nasal espontâneo. 

No entanto, é importante dizer que, quando esses desconfortos surgem, isso já é um sinal de que a pressão está bastante elevada e há necessidade de buscar auxílio médico imediato. 

 

Sintomas de pressão alta na gravidez 

Algumas mulheres podem apresentar pressão alta durante a gravidez. Esse quadro pode se caracterizar como uma piora na pressão de uma mulher hipertensa crônica até o aparecimento da doença durante a gravidez

É uma condição também silenciosa em muitos casos, daí a importância de manter a rotina de exames no pré-natal para detectar a doença de forma precoce. Em geral, quando surgem, os sintomas são:  

  • Pressão arterial superior a 140/90 mmHg; 

  • Dor de cabeça persistente; 

  • Dor na nuca; 

  • Dores fortes na barriga; 

  • Visão embaçada e sensibilidade à luz; 

  • Inchaço nas pernas ou nos braços. 

As alterações de pressão na gravidez são mais frequentes no terceiro trimestre de gestação e devem ser acompanhadas de perto pelo obstetra e cardiologista.   

 

Quais são as causas da pressão alta? 

A maioria das pessoas tem a hipertensão chamada primária, ou seja, não existe uma doença que cause o aumento da pressão. Alguns fatores que aumentam o risco para desenvolver o quadro:  

  • Predisposição genética (casos de pressão elevada na família); 

  • Envelhecimento (aumento progressivo da pressão com a idade); 

  • Sedentarismo; 

  • Obesidade; 

  • Consumo elevado de álcool; 

  • Alimentação com alta ingestão de sal; 

 

Exames para o diagnóstico da pressão alta 

O maior desafio para o diagnóstico da pressão alta é que se trata de um inimigo oculto, ou seja, na maioria dos casos, ela é uma condição assintomática.  

Por isso, realizar os exames de rotina como o hemograma e outros exames de sangue é fundamental: dessa forma, é possível detectar qualquer fator de risco como diabetes ou colesterol alto e tratar de forma precoce; ou ainda identificar alterações na pressão arterial que não haviam sido notadas. 

 

Leia mais: Entenda para que serve o exame de glicemia de jejum 

 

Clinicamente, a pressão alta pode ser diagnosticada com base na alteração de pelo menos duas aferições de pressão por consulta, em uma situação de repouso, em pelo menos duas consultas com um aparelho próprio para essa finalidade – o esfigmomanômetro. Importante destacar que essa avaliação deverá ser realizada em condições ambientais adequadas para o estabelecimento deste diagnóstico. 

Atualmente, existem recursos diagnósticos adicionais, como a Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA), que efetua as medidas de seus valores por 24 horas, ao longo das atividades cotidianas e durante o sono. 

Além do diagnóstico clínico, é importante ainda realizar exames de imagem e laboratoriais para avaliar a condição cardiovascular e a repercussão da hipertensão no organismo. 

 

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Tratamentos para a pressão alta 

Existem duas opções de tratamento para a pressão alta. O primeiro deles é baseado apenas na mudança do estilo de vida: ajustar a alimentação, controlar o peso corporal e praticar atividade física são medidas que podem ser suficientes para controlar o problema em alguns pacientes.  

No entanto, a maioria vai precisar de medicamentos para controlar a pressão alta. Existem muitos princípios ativos disponíveis atualmente para essa finalidade e a escolha é feita com base nas características do paciente.  

Vale reforçar, no entanto, que apenas o medicamento não resolve a questão. O uso de remédio deve ser aliado à mudança do estilo de vida, com alimentação equilibrada, controle de peso, prática de atividade física etc.  

Por fim, lembre-se que o tratamento para a pressão alta é contínuo e que nenhuma medicação deve ser suspensa sem a reavaliação do seu cardiologista. Em caso de dúvidas, converse sempre com o seu médico.

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